Ó Amor tão sublime Amor,
Quem és tu que vives a perturbar-me levando-me a refletir na incapacidade de poder sentir-te?
Onde estás esse tão perfeito "ser" que prometes tão maravilhosos feitos e perfeitas ações?
Existes?
Será que vives ante meio tão impuro e egoísta?
Como crer estar dentre seres mesquinhos,
Seres dedicados somente a si , a desejar somente pra si, a satisfazer somente a si?
És tão impossível àqueles que a te não se assemelham.
Existes em um mundo ao qual não condiz aos teus desígnios.
Árduo meio escolhestes para habitar!
Quão incólume és tu e insistes permanecer próximo a seres tão imperfeitos.
A humanidade é incapaz de reconhecer-te verdadeiramente, porque não o sente de fato.
Usa de teu nome para justificar tanto infortúnio!
Nem mesmo o conhece...
Será que um dia reconhecerá a imensidão do que és?
Será que um dia alcançará a perfeição para enfim contemplar algo tão grandioso?
Será que um dia assumirá suas falhas e seu egoísmo desmedido?
Neste mundo?
Creio que não...