quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

EGO: Libertar-se para ser livre. Vencer-se para vencer.


Sempre ao concluir a leitura de um livro, questiono-me quanto ao que aprendi com o mesmo.
Recentemente fui despertada pela curiosidade de saber quem foi – pasmem – Mahatma Gandhi.
A única informação que tinha a seu respeito tratava da libertação da Índia.
Pasmem novamente!
Penso que este foi o feito de menos peso na vida do mesmo. Pois não se tratou de objetivo, mas de conseqüência. Após uma a vitória em uma luta interior para libertar-se, essa ‘grande alma’ acabou por libertar também seus conterrâneos.

Imagine desligando-se de si mesmo. Abandonando todos os seus hábitos, vícios, transformando todo o seu Ego em doação, passividade ativa, verdade. Acha que conseguiria?
Pense se seria capaz de nunca ofender-se.

A propósito: Já ficou chateado com alguém hoje? Já ouviu algo que não te agradou? Já contrariaram a TUA vontade?
O EGOísmo é o responsável pela nossa fraqueza. E foi exatamente esse o ensinamento maior que o Mahatma nos deixou. Liberte-se de si mesmo.
Se estivéssemos mais interessados em sermos úteis ao próximo e não usar o próximo para as nossas futilidades, é certo que o mundo estaria melhor.
Estamos tão concentrados em nós mesmos que esquecemos de cuidar do outro, de dar atenção ao outro, de compreender o outro.

O OUTRO, só por um acaso, é obrigado a se dispor ao seu bel prazer na hora me que você desejar?
Ponha-se no lugar dele só de vez em quando, e perceberá que não.
As nossas falhas estão em nós mesmos. E a nossa vitória também está em nós mesmos.
Para termos muito mais momentos felizes neste planeta faz-se necessária uma transformação interior.

É preciso compreender que as pessoas são diferentes, com pensamentos, atitudes e necessidades diferentes. Compreenda e aceite o outro sem querer fazê-lo de marionete. E pense que só assim aprenderão a te aceitar como você é.
Todos carregamos em nós a nossa história, princípios, também o nosso EGO(ísmo). Este que precisa morrer para que possamos viver.

"Quem se recusa a morrer não pode viver! Se um grão de trigo (EGO) não morrer, ficará estéril, mas se morrer, produzirá muito fruto (EU). Eu morro todos os dias (EGO), e é por isso que vivo, mas já não sou eu que vivo – o Cristo (EU) é que vive me mim."

Sem qualquer alusão a religião: o EU crístico precisa vencer a EGOlatria. A luta é interna, mas a partir do momento que aquele vencer este o resultado será visto, sentido e vivido de uma maneira extremamente externa.

Quando o EGO morrer e o EU crístico manifestar-se será impossível ocultar-se a sua ação envolvente e transformadora.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Confusão



Ás vezes tenho vontade de fugir, sair correndo, me desligar de tudo e de todos, me desligar até dos meus pensamentos. Ficar perdida no nada....

O nada deve ser interessante...
Imagina flutuar no nada, não pensar em nada, não querer nada...
Nada simplesmente nada...
Bem poderíamos fazer isso de vez em quando.

Imagina um dia sem expectativas,
um dia sem tristeza,
um dia sem angústias,
um dia sem pensar no amanhã,
um dia sem pensar no que os outros vão pensar.

Porque será que pensamos sempre mais em coisas ruins do que em coisas boas?
Meu Deus que louco...

Nossa mente é algo que nos enlouquece.
Hum! Acho melhor pensar no nada...

Preciso pular de pára-quedas...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Paciência e Auto-Controle


Diversas são as maneiras que o mal tenta penetrar em nossas vidas e na maioria das vezes nem mesmo notamos.

Só percebemos que fomos dominados após atitudes negativas, esse é o momento em que permitimos que o instinto sobreponha-se a razão.

Ato praticado é irreversível.

Se fores agredido seja com palavras, atos, não importe-se. Seu equilíbrio é necessário não só para que o agressor analise sua atitude e a dele, mas para que venha a questionar seus próprios erros e limitações.

O mal sempre gera um mal ainda maior. Ao receptor cabe bloqueá-lo. E se assim agir será umas semente podre em terreno infértil.

Estamos sem dúvida, cercados por sementes do mal. Poucas são as sementes boas semeadas em terreno fértil, eis o grande motivo pelo qual o nosso mundo anda tão fétido.

O que fazer para despoluir o ambiente e deixá-lo mais saudável?

Comece por algo que existe dentro da sua boca. Peneire o que falar.

Pense antes.

Fale de coisas positivas. Se for falar de pessoas, procure o que há de positivo e não negativo.

Elogie. Se for um elogio verdadeiro, mas não traga junto com o elogio uma crítica (mesmo que seja construtiva) temos o péssimo hábito de lembrar somente dos comentários negativos.

Jamais aponte o defeito do outro. Todos conhecem os próprios defeitos, ninguém precisa apontá-los. Porque diminuir o outro, quanto simplesmente todos nós somos tão pequenos?
Não porte-se como um tirano autoritário. Atrairá antipatia de todos e, consequentemente energias negativas que em nada te ajudarão a edificar-se.

Não exalte-se. Suas qualidades, conhecimento, conquistas, feitos não precisam ser expostos com orgulho. Você apenas segue cumprindo algo que já estava preparado pra sua vida. E ninguém é obrigado a ouvir um ser esnobe se gabando.

Seja humilde. A humildade é a chave para tranqüilidade e também novas conquistas.

Criador revela-se na calmaria, nos orienta. Se não acredita, o procure no auge do desequilíbrio. O seu ego procurando satisfazer somente a si não abrirá espaço para ouvi-lo porque estará mais preocupado em mostrar o quanto está certo e o outro errado.

Nossa edificação só será possível se aprendermos a "engolir" o EU que existe em nós. Somos sim, importantes para nós mesmos, mas jamais devemos esquecer que vivemos em sociedade e quer você queira ou não, precisamos dos outros. O outro é o caminho mais curto para a sua aprendizagem, seu desenvolvimento, sua evolução. São eles que fazem-nos perceber nossos limites e onde necessitamos melhorar.

Portanto, entenda: ninguém é perfeito , estamos aprendendo uns com os outros e esse é um dos motivos pelo qual estamos aqui.

Quando fores testado pelo inimigo, lembre-se que antes de seres animal, és divino. Obedeça a essência que habita em ti e diz e forma singela: CONTROLE-SE. (JAF)
 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Verdades ou Mentiras?




Somos ensinados desde criança que não devemos mentir, que a mentira é algo feio, que papai do céu não gosta de quem mente, e que se assim agirmos seremos castigados.

Como filhinhos obedientes não queremos entristecer e nem sermos castigados. O medo do castigo obriga-nos a obediência, e dessa forma age uma parte dessas crianças.

Crescendo, tornam-se adultos mascarados. Obedecendo uma ordem social que diz que nem sempre devemos falar a verdade, que uma mentirinha não faz mal a ninguém. E assim vão indo: uma mentirinha para arrumar um emprego, outra para sair com os amigos, outra para conseguir algo desejado...Por vezes essas bobagenzinhas tornam-se tão corriqueiras que acaba se tornando difícil saber qual mentira contou-se a quem.

Em contrapartida àquelas que obedecem para não entristecer, pelo fato de serem ensinado que é algo feio. E algo feio na infância significa naturalmente, errado. Tornando-se adultas, seguem caminho divergente às anteriores.

Falam a verdade sem medo das conseqüências, não dão a mínima se serão prejudicadas pelas mesmas. Apanham, literalmente, pela defesa da verdade, são sinceras e não se escondem atrás de umas máscara. São corajosas o suficiente para falarem o que pensam, mas não tem coragem de mentir para beneficiar-se de algo ou de alguém.

O mentiroso não é digno de te olhar nos olhos, ele sabe que mente, e o receptor, se tiver a mínima sensibilidade saberá. Os olhos denunciam. O sincero, pelo contrário, não tem motivo para fugir do olhar do outro, pois nada esconde, nada teme.

E o que a sociedade diz desses dois tipos tão diferentes? Qual dos dois é mais aceito?

Hipócrita como é, não podia ser diferente. Ensina a verdade, mas vive a mentira, valoriza a mentira maquiada.

O mentiroso, com ou sem tanto jogo de cintura é bem aceito, e constantemente agradável, pois fala o que todos querem ouvir, é galante, simpático e sorri mesmo que não seja com sinceridade. É o que esperam que ele faça.

A parte sincera é chamada de inconveniente, exagerada e até arrogante. Não preocupa-se em agradar, mas em conscientizar. Sua opinião é sempre julgada e condenada como de má fé ou de intenção duvidosa.

Sinceridade é erva daninha nos dias de hoje.

Mas o que fazer? Mentir ou falar a verdade?

A saída, talvez ( e talvez mesmo) seja a omissão.

Não minta se não é do seu feitio, nem seja sincero se isso deixará mal no seu meio de convívio. Não opine. Simplesmente.

Cale-se. Será melhor do que ser falso.

A incógnita é bem vinda. Você será muito bem aceito se não te conhecerem por completo. A curiosidade, a dúvida deixam sempre algo a ser revelado, descoberto. Ser exageradamente transparente ou mentirosa é prejudicial a sua integridade.

Já diz o poeta: "Eu uso máscaras porque sou filho e fruto de uma sociedade mascarada"

Se são felizes os sinceros ou os mascarados será difícil dizer, a verdade é que um dia todas as máscaras caem.

Será que nesse momento você se reconhecerá ou será uma incógnita a você mesma?